Sempre gostei de brincar com as palavras... ausência- presença
Nesses dias tive que viver a ausência virtual para dedicar-me a presença junto a minha querida mãe.
Aos quase 75 anos está vivendo os momentos de enfermidade e luta pela vida.E como filha, optei em passar junto essa caminhada ao lado dela. Assim troquei o teclado pela caneta , por uma agulha de crochê e um rolo de barbante. Dentro do hospital durante os 14 dias de internação dela (sendo 9 meus também, como acompanhante por várias horas) descobri que é muito bom saber fazer de tudo um pouco. E mais uma vez defendo a teoria da Complexidade de Edgar Morin.
E juntando a ideia de que vida é tecida em complexus e dos saberes que são tecidos, pude literalmente tecer.
No entrelaçar das linhas no crochê a vida passava pelos meus olhos, pela mente e pelo coração.
Olhava minha mãe e sua fragilidaede diante da doença e relembrava toda a nossa vida de mãe-filha. as brincadeiras da infância, as balinhas que trazia após um dia no "centro da cidade" de BH fazendo os afazeres bancários para meu pai.
Lembrei-me dos muitos e incansáveis momentos de luta que vivemos juntos. Foram muitos. Mas sobre todos eles está o amor de Deus. Internada com infecção generalizada e sem esperanças foi medicada e graças a Deus está curada e teve alta ontem a noite.
Agora, começamos uma nova caminhada... não somente eu e ela, mas toda a família está unida desde o início para vencer um câncer. Ela é valente, Deus é poderoso e venceremos mais essa.
Esse blog chama-se Conversa Mineira, não é a toa. Pois é nele que partilho as conversas mais diversas. Aliás o bom de uma prosa é quando se pode conversar sobre tudo.
Assim, você que vem aqui e lê as coisinhas que escrevo... seja abençoado também.
Sejamos todos abençoados.
Deixe um recadinho também, eles alimentam a gente.